quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ATIVIDADE 3

A música Garota de Ipanema foi originalmente composta em 1962.


Vinícius de Moraes fez a letra da música Garota de Ipanema inspirado numa moça que passava freqüentemente em frente ao Bar Veloso em Ipanema.

Esta moça chamava-se Heloísa Eneida Menezes Pais Pinto - mais conhecida como Helô Pinheiro.

Tom e Vinícius estavam freqüentemente presentes no bar, que possuía pequenas mesas na calçada.
A Garota de Ipanema, Heloísa, morava na rua Montenegro número 22 e somente dois anos e meio depois, já com namorado, que ficou sabendo que era a inspiração da canção.

Garota de Ipanema é uma das canções mais famosas da bossa nova e MPB.
A gravação em inglês (letra de Norman Gimbel), pela cantora Astrud Gilberto em 1963, lançou The Girl from Ipanema como sucesso mundial.


A verdadeira Garota de Ipanema

Divulgado por Vinícius de Moraes em 1965.
Seu nome é Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto, mas todos a chamam de Helô.
Há três anos ela passava, ali no cruzamento de Montenegro e Prudente de Morais, em demanda da praia, e nós a achávamos demais. Do nosso posto de observação, no Veloso, enxugando a nossa cervejinha, Tom e eu emudecíamos à sua vinda maravilhosa.
O ar ficava mais volátil como para facilitar-lhe o divino balanço do andar. E lá ia ela toda linda, a garota de Ipanema, desenvolvendo no percurso a geometria espacial do seu balanceio quase samba, e cuja fórmula teria escapado ao próprio Einstein; seria preciso um Antônio Carlos Jobim para pedir ao piano, em grande e religiosa intimidade, a revelação do seu segredo.
Para ela fizemos, com todo o respeito e mudo encantamento, o samba que a colocou nas manchetes do mundo inteiro e fez de nossa querida Ipanema uma palavra mágica para os ouvintes estrangeiros. Ela foi e é para nós o paradigma do broto carioca; a moça dourada, misto de flor e sereia, cheia de luz e de graça mas cuja a visão é também triste, pois carrega consigo, a caminho do mar, o sentimento da mocidade que passa, da beleza que não é só nossa - é um dom da vida em seu lindo e melancólico fluir e refluir constante.
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A eterna Garota de Ipanema
Helô Pinheiro entrega os prós e contras de ser a musa de Vinícius de Moraes e Tom Jobim
Por Ana Paula Rodrigues
 
 Frequentemente, Heloísa passava em frente ao bar Veloso – que mais tarde mudaria para bar Garota de Ipanema – na esquina das ruas Montenegro e Prudente de Moraes. Jovem e linda, ela atraía os olhares das pessoas por onde passava. O que Helô, como é chamada até hoje, não imaginava é que dois desses admiradores a tornariam mundialmente famosa e lhe dariam um título importante pelo resto da vida. Tom Jobim e Vinícius de Moraes se encantaram pela jovem e, em sua homenagem, escreveram uma das letras mais famosas da música brasileira. Garota de Ipanema foi composta em 1962, época em que Helô Pinheiro tinha apenas 17 anos. Quarenta e seis anos depois, ela continua linda, mas deixou a famosa praia carioca para morar em São Paulo. “Pretendo voltar para o Rio. Tenho família lá e é o meu lugar”, confessa. A musa se tornou empresária e montou uma rede de roupas de praia com o nome da música de Tom e Vinícius - a contra-gosto da família de Tom Jobim. “Eles me processaram em 2001 pelo uso do nome, mas eu o registrei, tenho o direito de usar”. Nesta entrevista, Helô Pinheiro abre o jogo sobre o que é ser a eterna Garota de Ipanema.
 
DNA - Como conheceu Vinícius de Moraes e o Tom Jobim?
Helô – Pessoalmente só depois da música. Antes, eles não eram tão conhecidos, nem saía foto deles em lugar nenhum. Um dia, um fotógrafo comentou comigo que o Tom e o Vinícius tinham feito uma música pra mim. Três anos depois, a canção pegou no exterior e a revista Manchete fez uma reportagem mostrando quem era a musa dos autores. Foi aí que a gente se encontrou. O Vinícius fez uma declaração de próprio punho contando quem eu era.
Divulgação
NA – E o Tom?
Helô – O Tom se declarou pra mim no banquinho da praia quando a gente se conheceu. De cara eu disse: “Você é casado!”. Ele me respondeu que o casamento ia mal. Mas logo aquilo passou, era coisa de jovem... Um tempo depois, o encontrei com sua segunda e última esposa. Ele me disse: “Você não quis se casar comigo. Mas me casei com uma moça que lembra muito você” (risos).
DNA- Como a música mudou sua vida?
Helô - Eu era muito garota. Naquela época, ter 17 anos era a mesma coisa que ter 12 hoje. Era muito inocente. Mas não posso negar que foi um marco na minha vida. Comecei a dar entrevistas e fiquei conhecida.
DNA – E profissionalmente?
Hêlo - Profissionalmente atrapalhou. Me formei em jornalismo e gostaria de ter trabalhado na área. Mas o estigma de Garota de Ipanema não permitiu que isso acontecesse. Sempre que me olham pensam no passado, me veem de biquíni na praia! (risos). Por um lado, me fez bem porque foi um presente. Mas por outro, fui prejudicada porque perdi oportunidades.
DNA – Algo mudou na forma como te tratam hoje?
Helô – Não, até hoje é assim. Sou vista como a garota que vai à praia, que tem o corpo dourado, no sol de Ipanema...
DNA – Hoje, quem você indicaria para receber o título no seu lugar?
Helô –A Ticiane, minha filha. Ela tinha a ideia de produzir um filme sobre a história da Garota de Ipanema, sendo ela a personagem principal. Mas a família do Tom Jobim não liberou o uso da música no filme, mesmo que eu pagasse por isso.
DivulgaçãoDNA – Pensam em retomar esse projeto?
 
Helô – Não. Tentamos conversar, negociar, mas não queremos problemas com a família do Tom. Fui processada em maio de 2001 porque usei o título da música para batizar a minha loja.
DNA – Você ainda usa o nome.
Helô - Tenho o nome registrado. Logo, o direito de usá-lo.
DNA – Atualmente, como está sua vida profissional?
Helô – Esse ano me formo em Direito. Quis estudar para entender melhor o processo que abriram contra mim, para me defender. Cuido das minhas lojas e tenho um programa na TV Justiça, todos os sábados de manhã. Tenho o projeto de um programa de variedades pela internet, mas nada certo ainda.
DNA – Você posou duas vezes para a Playboy?
Helô – Bom, a primeira vez que posei foi em 1987, quando estava me formando na faculdade. Foi o Tom Jobim que escreveu o texto do ensaio. Na segunda, em 2003, fotografei com a minha filha, Ticiane, e o texto foi de Toquinho.
DNA – Posaria de novo?
Helô – Acho que não surgiria proposta. Mas tendo a oportunidade, se o dinheiro valer a pena e me sentir à vontade, não teria objeção. A gente está nesse mundo de passagem. Depois vira ossinho, esqueleto, pó... Não sendo um trabalho vulgar, que agrida, não tem problema.
 
Questão:
Agora que você já conhece a história da Garota de Ipanema, RESPONDA:
Hoje quem é considerada sinônimo de beleza? Por quê?


Um comentário:

  1. Es el prototipo de la exhuberante belleza de la mujer brasileña, hoy a sus 60 y tantos años sigue siendo bellisima

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